Estamos
nesta caminhada de formação litúrgica. Demos grandes passos no contexto da
compreensão litúrgica e da prática celebrativa. Acredito que vivemos um momento
forte neste nosso Brasil dentro da perspectiva de atualização da Reforma
Litúrgica proposta pelo Concilio Vaticano II.
Temos
também grandes desafios para aperfeiçoar nossa maneira de celebrar o Mistério
da Paixão-Morte-Ressurreição de Jesus Cristo. Entre tantos desafios, gostaria
de refletir com vocês a importância da fidelidade
aos textos do Hino do Glória, do Santo e do Cordeiro de Deus.
Temos visto nas diversas
comunidades o surgimento de muitos grupos de cantos, compositores, animadores,
instrumentistas e tudo mais. Que bom! É a ação do Espírito Santo que suscita a
diversidade dos ministérios e funções litúrgicas na vida da Igreja.
Dentro
deste contexto, temos aqueles que sem nenhum critério acabam compondo letras e
melodias para serem utilizadas na celebração. Acabam achando os textos oficiais
do Hino de Louvor, do Santo e do Cordeiro de Deus, sem muita expressão e acabam
por inserir textos e melodias para “animar o canto”. Eis ai o grande risco,
pois sem nenhum critério, acabam fazendo com que os textos dos referidos cantos
se distanciem do original.
Por
isso é preciso recorrer às orientações da Igreja quando desejamos desenvolver
um trabalho organizado, sistemático, e que gerem frutos para a ação litúrgica.
O estudo 79 da CNBB, A Música Litúrgica
no Brasil, encontramos a seguinte orientação:
Em
relação ao Hino do Glória: “o hino do
Glória não seja substituído por qualquer hino de louvor ou por paráfrases que
se distanciam demasiadamente de seu sentido original” (n. 308)
Em
relação ao Santo: “Recomenda-se que o
canto se atenha à própria Aclamação, sem se introduzir alterações no texto,
mediante paráfrases” (n.303)
Em
relação ao Cordeiro: “o ritmo e o modo de
execução sejam condizentes com o sentido de invocação e súplica, próprio do
canto do “Cordeiro de Deus” que só deve ser executado no momento de partir o
pão eucarístico” (n.310).
À
medida que seguimos estas orientações temos a possibilidade de celebrar melhor
e ajudar a própria assembléia a fazer uma experiência autêntica do sacramento.
Temos que nos vigiar para não introduzir uma grande confusão litúrgica na
cabeça das pessoas através do distanciamento do sentido original do canto.
Quem
ama cuida! Vamos com grande entusiasmo e amor zelar pela liturgia. Não sejamos
auto-suficientes a pontos de dizer que achar que “vamos continuar fazendo da
mesma maneira”. É preciso conhecer para melhor celebrar.
Pe. Kleber
Rodrigues da Silva
1.
Como
são executados os cantos do Hino de Glória, do Santo e do Cordeiro de Deus em
sua comunidade?
2.
O
canto do Cordeiro acompanha a ação ritual da fração do Pão Eucarístico?
3.
De
que forma podemos superar os desafios litúrgicos que permanecem em nossa
comunidade?
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