Movimento das Equipes
de Nossa Senhora
Livro-Tema 2013: O caminho da vida espiritual em casal
Tema 3: A conjugalidade
“A conjugalidade: expressão do estar em Deus
Pe. Kleber Rodrigues da Silva
A
cada mês temos feito um caminho de ascese (crescimento) espiritual a partir das
motivações vindas dos ideais de 2013 do Movimento das Equipes de Nossa Senhora.
Motivações essas que são provenientes dos ensinamentos de Jesus Cristo.
Deste modo, sentir mensalmente o
amadurecimento conjugal é perceber que os temas de 2013 não são uma realidade
desconexa do cotidiano do casal, mas que contribui para as reflexões propostas
a cada capítulo e que se concretizam no dia a dia. Não há um abismo entre os
temas o cotidiano do casal.
Acredito que um dos principais
motivos dos casais estarem e permanecerem no Movimento está no fato de que
foram provocados a refletir sobre sua conjugalidade e perceberam de que o
Matrimônio vai além do estar debaixo de um mesmo teto. Compreenderam de que a
conjugalidade precisa ser moldada, analisada, nutrida e amadurecida e na medida
em que se envolvem percebem que sua participação do casal deve levá-los a sair
de uma fantasia conjugal. Assim, é fundamental que o casal se pergunte, com uma
consciência tranquila, seja num dever de sentar ou na vivência dos outros
Pontos Concretos de Esforço, qual o nível de compreensão ou assimilação da sua
conjugalidade. Destaco ainda que nenhum equipista deve sentir-se envergonhado
em fazer uma autoanálise, podendo chegar a conclusão de que sua assimilação não
é tão clara como desejaria, e a equipe de base por sua vez não deve inibir ou
satirizar a compreensão do outro, pois deste modo, ela mesma, estará dando
sentido, aquilo que chamo de “conjugalidade da equipe.”
Amadurecer na compreensão do que
venha a ser e como se vive uma conjugalidade é a meta de cada casal equipista e
o exercício analítico parte da própria realidade, como dissemos anteriormente.
Não nos faltam definições do que venha a ser “conjugalidade”, e o perceptível é
que muitos casais passam a querer decorar estas definições dificultando que a
própria consciência construa uma conjugalidade cotidiana. Estas definições são
importantes e valiosas, mas devem ser entendidas como referenciais para o casal
construir a sua definição. Não basta
viver daquilo que os outros dizem, é preciso nutrir o próprio pensamento.
Já temos claro, que construímos e
buscamos uma espiritualidade cristã, que parte de Cristo enquanto expressão
daquilo que Deus é. Assim a cada mês o casal constrói a conjugalidade do
cotidiano na percepção de sua aproximação com o Cristo. É preciso perguntar-se:
Como o casal, sem teorias ou fantasias constrói sua permanência em Cristo?
Permanecer em Deus! Eis uma luta
diária que não é fácil, mas é por isso, que construímos um caminho de santidade.
Com os Pontos Concretos de Esforço Diário, o casal constrói o “lugar” onde a
conjugalidade acostuma-se a permanecer em Deus. É um caminho pedagógico,
didático, construtivo, edificante e transformador. Quem experimenta, não quer
mais sair.
Permanecer em Deus é o exercício
diário do Cristão. Numa relação do humano com o divino (seja em qualquer
cultura) o primeiro sempre está em busca do segundo. É força de atração. Até
que ponto a unidade e a autenticidade do ser uma só carne colabora neste processo
de permanecer em Deus? Às vezes tenho a impressão de que muitos casais
esquecem, com os afazeres do cotidiano, de que com a conjugalidade o indivíduo deve
morrer. Será que o modo no qual “cada um” vive a dinâmica dos Pontos concretos
de esforço não assume muito mais uma característica individual do que conjugal?
Faço simplesmente porque quero transformar o outro e me esqueço de que o
exercício espiritual deve fazer com que eu morra para nascer a conjugalidade.
Casais, permaneçam em Deus, com a conjugalidade.
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