Quem é meu próximo?
Iniciando mais uma semana de caminhada na fé, temos a oportunidade de descobri quem é o meu próximo. A pergunta feita pelo mestre da lei demonstra que o mesmo era um grande conhecedor do aspecto teórico e, no entanto nenhum pouco prático. Eis o risco que corremos também, podemos meditar todos os dias a palavra, decorar os versículos, mas não conseguirmos traduzir a escuta e meditação em gestos concretos. É preciso estar atento para não repetir o gesto da personagem bíblica.
Um segundo aspecto que podemos destacar é o aspecto: Quem é meu próximo? Alguns poderiam apenas entender na perspectiva geográfica, mas é indo além que vamos descobrir. O próximo social (pobre), o profissional, o conjugal, o comunitário e o afetivo.
A parábola do bom samaritano questiona toda esta teoria da fé, aqueles que vivam no templo e se achavam donos da salvação não foram capazes de superar isso e praticar um gesto de caridade. Esse é um risco constante que corremos em nossa vivência cristã, temos uma catequese meramente sacramental e preocupada em formar pessoas que busquem a missa, não que isso seja errado, mas podemos alcançar outros frutos. Onde está, por exemplo, a dimensão social da Eucaristia? A educação moral não aparece em nossas homilias, em nossas catequeses, pouco se vê. É preciso aprender a ser adorador (sacramental) e praticante da adoração. Se não cuido, é lógico que vou preferir ficar dentro da Igreja, cantando, louvando, rezando, fazendo possíveis curas e libertações, e quando saio de lá, começo a reparar na vida alheia, criticando um ou outro. É adorar e agir.
A provocação de Jesus através da Parábola do samaritano coloca-nos numa profunda reflexão: em que nível está a teoria e a prática da minha fé?
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