Meditação do dia 26/09/2011
A vida de comunidade é sempre um lugar onde encontramos com o nosso limite e o do outro. Jesus procurando estar sempre atento ao convívio dos seus discípulos educa-os a atitudes que evitem a competição, o autoritarismo, à ganância.
Talvez influenciados pela própria situação da época, os discípulos tentam trazer para dentro da comunidade o mesmo modelo e com isso não entendem a lógica que Jesus, que parte essencialmente do amor. É preciso que o Mestre coloque uma criança como exemplo de vida comunitária. O exemplo de Jesus nos convida a ter um olhar profundo, não somente na estatura da criança, mas nos conceitos que podem ser trabalhados quando ainda se é criança. Vamos incutindo neles os valores e apontando o caminho da vida.
É nesta perspectiva que entendo a primeira referência sobre a criança: abertura do coração para acolher os ensinamentos, disposta a ser educada.
O segundo aspecto é de que a autoridade na vida da comunidade nasce como consequência de um relacionamento, de uma liberdade, de trabalhar pelo crescimento dos outros e não simplesmente por um status.
A Igreja confia a todos nós funções e ministérios, trabalhos que devem ajudar as pessoas a descobrirem o amor de Deus por elas e talvez, pela fragilidade social, afetiva, emocional, muitos exercem tal função com um autoritarismo extremo. E ainda mais, se sentimos ameaçados em nosso “cargo” passamos a prejudicar o trabalho do outro, pois ele torna-se uma ameaça. Isto não é vida de comunidade, de Igreja. A liturgia do final de semana, nos convidada a ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo e a dizer o nosso sim efetivo para o trabalho da vinha. Não adianta ir trabalhar na vida e querer ser o maior de todos, passando por cima. Devemos ter consciência de que na Igreja existe espaço para todos e que não somos eternos em nossas funções e ministérios. O exercício desta responsabilidade passa por despertar nas pessoas o desejo de um dia também poderem conduzir.
A competitividade nas diversas pastorais e movimentos trava a ação da Igreja. Cada qual enxerga apenas que a sua pastoral e o seu movimento é importante. É o olhar da galinha, que só olha para baixo para ciscar. É preciso ter o olhar da águia, que estende, amplia os horizontes. Deste modo, a leitura de hoje nos convida a ter essa atitude: ampliar os nossos horizontes e deixar a mesquinharia da competitividade pastoral de lado.
Que nossa semana comece ampliando os olhares dos nossos pontos concretos de esforço. Não basta ficar no básico, é preciso ir além.
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